Pequeno dicionário do novo RTM: Conheça os dispositivos obrigatórios das novas bombas
Você sabe quais são os principais dispositivos obrigatórios das bombas, adequadas ao novo RTM, para que servem e como funcionam? Se aquele cliente mais curioso perguntar, será que você e sua equipe, principalmente os frentistas sabem como responder?
A imprensa e as redes sociais já publicam matérias e conteúdos sobre as novas bombas "antifraude" que estarão disponíveis nos postos de combustíveis, em breve. Mas se o cliente quiser saber “como funciona?”, sua equipe está pronta para responder, com explicações objetivas, demonstrando o elevado grau de profissionalismo da equipe?
Com a chegada do novo RTM-INMETRO (Regulamento Técnico Metrológico do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que entrou em vigor em 15 de março deste ano, essa dica pode ser preciosa para revendedores.
O novo regulamento traz muitas novidades técnicas para conter a fraude da “bomba baixa”, cometida por uma minoria, vale dizer, mas que lesou consumidores e colocou sob suspeita uma atividade econômica essencial. Exatamente por isso, adotar equipamentos antifraude e divulgar esse benefício para seu público, não apenas cumpre a legislação como pode ser um aliado poderoso para a imagem do posto e o resultado do negócio.
Mas, alguns dos termos usados na Portaria 227/22 do INMETRO, que aprovou o RTM, são altamente técnicos, às vezes pouco compreensíveis para o público. Então, vamos demonstrar que o assunto não é tão complicado assim, especialmente no que se refere aos novos componentes de segurança obrigatórios das bombas e seu funcionamento.
Quais são? Para que servem? Como funcionam? Veja, aqui, as respostas.
Assinatura digital da comunicação com a CPU
A assinatura digital é o que garante a autenticidade e a integridade dos dados metrológicos. Para quem não sabe, essa exigência do novo RTM atende à regulamentação da ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira), que é o sistema brasileiro de certificação digital, responsável pela emissão de certificados digitais para identificação virtual do cidadão e de empresas. É o certificado digital que vincula a assinatura digital a uma entidade, fornecendo identidade, data de validade, chave pública para verificação da assinatura digital, e o mais importante: validade jurídica.
A validação dos dados pela CPU, aliada à criptografia (sistema de codificação), é que assegura a autenticidade dos dados. A assinatura digital das informações do pulser – isto é, o volume de combustível que passa pelo bloco medidor da bomba – é verificada na interface dos pulsers e o resultado encriptado dessa checagem é enviado para a CPU por um canal de comunicação especial, que transmite sinais individuais, de forma simultânea, por meio de um único cabo.
Ao receber esses dados, a CPU converte o número de pulsos em litros e transmite essa informação para o mostrador da bomba, no qual é exibida para o consumidor, juntamente com o valor a ser pago.
Caixa de ligação fora da área lacrada
A caixa de ligação ou intercomunicação, sem lacres e instalada fora da área selada do gabinete eletrônico da bomba, oferece o ponto de comunicação externo para conexão da bomba com sistemas de automação, periféricos ou outros dispositivos auxiliares opcionais que podem ser utilizados no posto.
Este acesso visa facilitar os serviços de outros prestadores de serviços do posto (como, por exemplo, técnicos do sistema de automação) que necessitam acessar um canal de comunicação da bomba, sem a necessidade da remoção dos lacres de segurança metrológica. O acesso à área lacrada só é franqueado ao responsável técnico autorizado pelo INMETRO.
Comunicação serial de dados por bluetooth
É por meio desse tipo de dispositivo, na verdade uma interface, que é possível a comunicação com dados armazenados na memória da bomba. Essa interface bluetooth permite que o fiscal do Ipem tenha acesso aos registros de alteração de parâmetros metrológicos, como interrupções de serviço, eventos de manutenção, cargas de software e o último pacote de dados gerado por cada pulser.
Também está nos planos do INMETRO disponibilizar um app para que o consumidor consiga verificar a assinatura digital do abastecimento através do seu telefone celular, possivelmente utilizando esta mesma porta de comunicação bluetooth.
Memória não volátil para armazenagem, por cinco anos, do histórico metrológico
O novo RTM exige a utilização de memória não volátil – que nunca “esquece” seu conteúdo e que se mantém ativa, mesmo diante de falta de energia elétrica, pelo tempo mínimo de 5 minutos. Ela é capaz de armazenar o histórico de quaisquer alterações metrológicas relevantes por um período de cinco anos.
Pulser capaz de detectar falhas no processo
O novo pulser – que é o mecanismo que transforma o movimento de rotação do eixo do bloco medidor em informações digitais codificadas (encriptadas), enviando-as para a CPU da bomba.
Vale lembrar que hoje a maioria dos sites utiliza a criptografia, principalmente os que armazenam dados sigilosos, como órgãos públicos, bancos e empresas, para preservar a inviolabilidade das informações trocadas com agentes externos.
Além disso, o novo pulser contém um chip que é o que permite a assinatura digital das informações referentes à medição da bomba, preservando-as de eventuais tentativas de adulteração.
O controle total dos dados registrados pelo chip e verificados por meio da assinatura digital caberá ao Inmetro, que também será responsável pelo monitoramento individual das bombas.
Válvula de segurança de mangueira
Conhecida como breakaway, ela interrompe o fluxo de combustível caso a mangueira seja separada da bomba. Este componente impede vazamentos na pista e potenciais incêndios, além de evitar que a bomba seja derrubada, caso a mangueira seja tracionada, por exemplo por um veículo partindo do posto antes do fim do abastecimento, ainda com o bico posicionado no bocal do tanque do mesmo. Ou seja, evita danos à bomba e outros equipamentos e acidentes que podem atingir gravemente clientes e frentistas.
Em linhas gerais, são essas as novidades presentes nas novas bombas, certificadas de acordo com RTM, agora em vigor. Agora ficou mais fácil entender e repassar as informações, não é?
Mas se você ainda tem alguma dúvida a esse respeito, a equipe técnica da Gilbarco Veeder-Root terá todo prazer em esclarecê-las, basta entrar em contato.
Para conhecer o cronograma e obter mais informações, acesse a íntegra do Novo RTM (Portaria Inmetro nº 227 atualizada): http://sistema-sil.inmetro.gov.br/rtac/RTAC002984.pdf
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